fazia a curva de sempre na rua para entrar no meu prédio. meu amigo rodolfo inusitadamente estava no carro comigo. olhei à minha diagonal esquerda e o tempo se esticou no que eu avistei o porteiro conversando com meu pai - que se sentava à beira da jardineira do muro do prédio. a lembrança inevitável de que ele já morreu. o comentário de rodolfo de que
então ele está por aqui (movimentando o dedo indicador como quem aponta o espaço circunvizinho).
e eu a fitar o meu pai de dentro do carro como uma câmera lenta e zoom na direção do seu rosto. já esperava o momento em que a imagem se desmancharia. e o rosto virou um outro.
mas o desejo de que ele esteja por aqui
sábado, 29 de maio de 2010
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